Eu tb não sabia, ou melhor, sabia apenas o básico, que era um cientista brasileiro, dos bons. Já havia lido alguns artigos de neurociência na Scientific American. Na verdade, eu me lembrava mais de artigos de outro brasileiro tão bem sucedido quanto o Miguel Nicolelis, que é o Sidarta Ribeiro (que tb é neurociêntista).
Embora ele (Miguel Nicolelis) talvés seja no futuro, o primeiro criador de um ciborgue "de verdade", com próteses controladas diretamente pelo cérebro, não será esse o feito que me fará ter orgulho desse Brasileiro (com letra maiuscula, mesmo).
Leiam a entrevista concedida ao Tribuna do Norte, em 05/08/2007, e me respondam:
Ele é o cara, ou não é?
O cientista Miguel Nicolelis é um paulista entusiasmado pelo
Nordeste. Mas não é um olhar voltado para praias e belezas naturais,
a visão de Nicolelis, que é apontado pela Revista Scientific American
como um dos 20 maiores cientistas do mundo,é focado no
desenvolvimento da Ciência na região. E no arrojado projeto e
ousado sonho de Nicolelis para as terras nordestinas, é no Rio Grande
do Norte que está o porto seguro e de onde tudo partirá. Aliás,
sonho-projeto que ele já começou a tornar concreto com os trabalhos
de iniciação científica na escola Alfredo Monteverde, na Cidade da
Esperança.
Mas essa é apenas a pequena e expressiva primeira parte. Para a
cidade de Macaíba Miguel Nicolelis projeta o “campus do cérebro”.
Depois de 20 anos morando fora do Brasil, cientista reconhecido
internacionalmente, Miguel Nicolelis retornou ao país e diretamente
para o Rio Grande do Norte, o Estado que ele quer projetar como a
“Califórnia brasileira”. “Quero demonstrar com esse experimento do
empreendedorismo científico que o Nordeste brasileiro é o futuro do
Brasil em termos de desenvolvimento econômico de alto valor
agregado e em termos de recursos humanos e desenvolvimento,
capacitação de recursos humanos”, comenta o cientista.
O que justifica o olhar tão atencioso de um dos maiores
cientistas do mundo para o Rio Grande do Norte?
Primeiro porque acredito que não sou paulista, sou brasileiro. O Brasil
só irá realmente se estabelecer como federação, país, que tem uma
agenda nacional, se em todas as atividades fundamentais para o
desenvolvimento do país nós tivermos a homogeneização da
excelência. E a ciência é um caso grave no Brasil dada a altíssima
concentração de recursos humanos e investimentos que ocorrem no
Sudeste brasileiro. 70% da produção científica brasileira vem do
Estado de São Paulo. Para um país com as dimensões do Brasil isso é
um grande problema. Não interessa que a ciência e São Paulo seja
muito boa. O que acontece é que o resto do Brasil não tem
oportunidade de participar. Os talentos brasileiros não têm os
caminhos e as oportunidades de participarem tanto na produção
quanto no consumo dos bens gerados pela produção científica.
Quando nós criamos esse projeto há quatro anos a filosofia central
era incentivar a descentralização da produção científica por todo o
território nacional. E Natal é muito emblemático para nós. Muita
gente duvidava, achava que não tinha chance de nada ser feito,
tinham pessoas que achavam que era loucura. Mas estamos
mostrando que é possível sim criar núcleo de excelência, de ciência
de ponta, vinculada a uma missão social, construir prédio, construir
laboratórios, clínicas para mulher e trazer para cá não só recursos
humanos, mas financeiros privados de uma maneira que o Rio
Grande do Norte e o Brasil jamais viram. Uma das nossas doações,
que é da senhora Lily Safra, é a maior doação privada de uma pessoa
para a ciência no Brasil na história do país.
Leia entrevista na integra aqui: http://www.natalneuro.org.br/imprensa/pdf/2007_08_tribunadonorte.pdf
Leiam, vcs vão adorar.
Sabe o que é mais interessante, eu assisti a entrevista dele no SporTV...
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